Esta semana conheci um novo produto que me empolgou como há muito tempo não havia ficado. Achei até que valeria mais do que eu citar apenas na minha série #ProdutosPerfeitos no Twitter.
Sem mais delongas, o produto é o HelpOuts, do Google. Um ambiente virtual onde você, como um possível prestador de serviços, pode dar uma “ajuda” a alguém, em formato de teleaula. A grande sacada do HelpOuts, diferente de uma teleaula comum, é o AO VIVO. Nada pré-gravado. Tudo feito de acordo com a necessidade do cliente, aquele que procura a “aula” para resolver um problema, que pode ser pequeno, como uma receita de bolo, ou um maior, como um plano de marketing.
Veja o vídeo oficial do produto:
Vejo neste produto um importante passo para o futuro do Marketing e também em direção ao rumo de dois dos pontos críticos da Sociedade em Rede e da Cibercultura: o colaboracionismo e o crowdsourcing. Imagine só o mundo onde todos podem ser, além de consumidores, geradores de produtos para consumo? Qualquer pessoa, com acesso a internet, pode ensinar aquilo que sabe para outros, sendo paga por isso (ou não, se a pessoa decidir fazer isso de forma solidária). Pra qualquer público! Um adolescente pode ensinar origami. Uma senhora pode ensinar a fazer quitutes. Um empresário pode ensinar a fazer um orçamento para pequena empresa. Não há preconceito com nenhum tipo de segmento e tipo de serviço.
Outro ponto: não há fronteiras! Uma pessoa do Quênia pode dar uma aula sobre cultura local para alguém no Japão. A barreira da língua está a ponto de ser transposta também. Com as ferramentas que estão cada vez mais modernas geradas pelo próprio Google e outras empresas, a possibilidade de se fazer legendas automáticas está aí às portas. Sem falar do Google Translator.
E agora? Se este produto “pegar”, muitos serviços e produtos existentes podem, simplesmente, sumir. Para que pagar aulas de instrumentos? Para que comprar manuais de qualquer gênero?
Amigos, creio que estamos vendo a história do Marketing sendo escrita. Um paradigma diferente, que pode resultar em uma “antiguização” da forma de se fazer marketing. O mundo colaborativo, clássica base da cibercultura, tem trazidos inúmeros desafios para toda a gestão. Cabe a nós nos adaptarmos a isso.
E aí pergunto: Como se adaptar? E vou além: Será o início do fim do mainstream de se fazer marketing?
Qualquer pessoa, com acesso a internet!
O Brasil tem um projeto para oferecer banda larga que preencha pré requisitos em termos de conexão estável e rápida, a ponto de executar simultaneamente áudio e vídeo sem paralisar, por outro lado aparentemente esse projeto só esta no papel, e as operadoras/provedores são apadrinhados pelos governantes, onde lhe concederam a regalia de poder não oferecer a velocidade total contratada pelos usuários. Creio que essa lacuna existente na rede no Brasil, faça com que o programa não seja 100% funcional, tendo em vista falta de banda para comportar a quantidade de acessos, caso o mesmo venha cair no gosto do povo.